sexta-feira, 24 de março de 2017

NOVO ANO, O DESAFIO CONTINUA!


Cá estamos de novo com novas notícias sustentáveis!

Se estão lembrados, no ano letivo passado, as turmas dos 8ºs anos fizeram a quantificação do desperdício de alimentos no refeitório do CED Nossa Srª da Conceição.

Agora, que nos encontramos no 9º ano, retomámos esse mesmo projeto. Após registarmos novamente os resultados obtidos, verificámos que, apesar de continuar a existir desperdício, a quantidade de alimentos desperdiçados diminuiu ligeiramente, talvez devido ao facto de este ano insistirmos com os colegas para não deixarem tanta comida nos pratos/tigelas.

À parte desta quantificação, cinco alunos que pertencem ao clube de robótica decidiram desenvolver um dispositivo que fosse capaz de medir o desperdício alimentar. Para já o dispositivo Arduíno permitirá apenas saber se existe ou não desperdício nos pratos. Este sistema será provisório, já que os nossos programadores estão a trabalhar para criar a verdadeira “Máquina”, ou seja, algo que possa medir efetivamente todo o desperdício, sem termos que recorrer ao processo manual que envolve no mínimo quatro alunos.

Por agora, estas são todas as informações que podemos disponibilizar.

Até breve…

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Para o ano há mais!

As férias estão quase a chegar e passou mais um ano…demasiado rápido! Gostámos muito de participar neste projeto e, por isso, faz sentido retomarmos este tema no próximo ano letivo, para lhe dar continuidade. Durante o verão, o nosso blogue estará sem notícias, mas assim que iniciarmos as atividades haverá uma publicação onde daremos algumas indicações sobre o que pretendemos fazer no nosso 9º ano.
Ao longo deste grande trabalho, quantificámos desperdício alimentar, construímos uma horta, fizemos velas e sabões, visitámos a Valorsul, colaborámos com o Banco Alimentar. Como qualquer projeto que se preze, teve momentos divertidos e outros que não correram tão bem, mas aprendemos muito, sempre acompanhados das pessoas certas.
Agradecemos muito aos professores, porque sem eles não conseguiríamos realizar a maior parte destas atividades. Perderam horas do seu sono para planear e…para nos aturar! Sabemos que o fizeram com todo o gosto, pois temos professores que se preocupam connosco!

Atenção!
Isto não é um adeus, é apenas um até já! Voltaremos brevemente com novas e fascinantes descobertas! Contamos com o vosso apoio neste “pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade”!





Lembrem-se: Juntos Melhoramos o Mundo!

terça-feira, 24 de maio de 2016

E nos restaurantes do Bairro, também há desperdício?



Após a quantificação do desperdício alimentar na nossa escola, fomos verificar se ele também existe nos restaurantes do bairro. Para isso, dois alunos de cada turma foram apresentar o nosso projeto e perguntar se era possível fazer a quantificação à hora do almoço.
Apenas um restaurante se disponibilizou de imediato para esta tarefa, dos outros três ainda aguardamos uma resposta. Assim, no dia 16 de maio, quatro educandas foram a este restaurante, entre as 12h e as 15h, quantificar o desperdício alimentar dos clientes. Em 20 refeições, a comida desperdiçada perfez o total de 2 kg.

À primeira vista, o desperdício parece muito pouco, mas iremos tratar os dados na matemática e em posteriormente publicaremos os resultados. Até lá também os restantes restaurantes já terão uma resposta à nossa solicitação.

sábado, 21 de maio de 2016

De óleo a velas e sabão…

Nas aulas de TIC pesquisámos sobre “como fazer sabão e velas com óleo usado?” e sobre essências naturais, e no laboratório da escola passámos à execução.

Pedimos à responsável da cozinha que nos guardasse o óleo usado nas frituras. Para as velas, para além do óleo, utilizámos pavio, parafina, pedaços de lápis de cera e essência de alfazema e canela, já preparadas por nós em aulas anteriores. Aquecemos a mistura, sem deixar ferver, e colocámo-la em recipientes. Deixámos solidificar por 2 horas.

Para o sabão, necessitámos de óleo, água, hidróxido de sódio, essência e corante. Esta experiência foi realizada na hotte do laboratório, com os devidos cuidados de manuseamento já que o hidróxido de sódio é um reagente corrosivo e também porque a reação deste com a água é exotérmica, ou seja, liberta calor.
As nossas velas e sabões irão ser colocados em embalagens feitas por nós na disciplina de EV, já com o respetivo nome e logotipo, também pensado por nós.

Estas experiências foram importantes porque fomentaram o trabalho em equipa e, principalmente, porque conseguiram obter novos produtos, e bem cheirosos, a partir do óleo que naturalmente iria parar ao lixo

Com criatividade e imaginação é possível fazer produtos originais, reciclando materiais que iriam para o lixo, por isso experimentem, utilizem a vossa imaginação e mãos à obra! 



domingo, 15 de maio de 2016

Compostagem “ À grande”


 No dia 5 de maio fomos à Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), que se localiza em São Brás, na Amadora, para vermos como se faz compostagem a um nível macro.

A ETVO é a instalação da Valorsul (empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos de 19 municípios entre Lisboa e Alcobaça) que recebe, trata e valoriza os resíduos orgânicos recolhidos nos restaurantes, cantinas, hotéis, mercados, hipermercados, etc. Produz energia elétrica a partir do biogás gerado no processo de compostagem e composto para aplicação na agricultura. 

Quando chegámos à ETVO fomos recebidos por uma técnica, a Sofia, que nos levou para o auditório para vermos um filme sobre a Valorsul e as suas 6 missões (recolha de resíduos, triagem, valorização orgânica e energética, deposição em aterros sanitários e criação de consciência ambiental). Depois fomos visitar a instalação: as duas linhas de pré-tratamento, os digestores, o gasómetro, os túneis de compostagem e os parques de maturação do composto. A Sofia explicou-nos que para minimizar os maus cheiros, provocados pela decomposição da matéria orgânica, existem em algumas zonas da instalação de filtros de odores feitos a partir de casca de coco e de pinheiro.

Há algumas diferenças entre a compostagem que fazemos na escola e a que é feita na ETVO, começamos logo pela escala de ação, depois a digestão pelos decompositores, que na compostagem da escola é na presença de oxigénio (processo aeróbio) e na ETVO na ausência de oxigénio (processo anaeróbio). Por último, na ETVO faz-se o aproveitamento do biogás que é direcionado para a rede elétrica nacional e na escola isso não acontece, contudo ficou a dúvida: será possível a construção de uma mini central de biogás na nossa escola? Vamos investigar…



segunda-feira, 9 de maio de 2016

O Nosso "Centro de Compostagem"

A compostagem é um modo natural de transformação dos resíduos orgânicos em composto, um material rico em nutrientes que irá ser utilizado como fertilizante na horta da escola. A fim de valorizarmos os resíduos orgânicos produzidos na nossa escola, pensámos em fazer compostagem. Para isso utilizámos dois processos, um vermicompostor e uma pilha de compostagem.

Para a pilha de compostagem construímos, com 4 paletes, um cubo com cerca de 1 m3 e para o vermicompostor 2 caixas de esferovite com cerca de 30 cm3.
Semanalmente, utilizamos as sobras frescas que não são utilizadas na cozinha da escola. Estas sobras são colocadas em sacos recolhidos por nós e, posteriormente, distribuídas pelo vermicompostor e pela pilha de compostagem. Também trazemos frescos de casa, para haver sempre resíduos suficientes para colocar em ambos os locais. Assim, colocamos essas sobras nas caixas de esferovite, onde estão as nossas minhocas, grandes decompositoras!

Pilha de Compostagem
Na pilha colocamos uma camada de sobras (verdes) que intercalamos com uma camada de palha (castanhos), no fim terminamos com uma camada de palha para evitar odores desagradáveis. Devemos regar camada a camada. Todas as semanas fazemos novas camadas e medimos a temperatura e o pH da pilha. A temperatura é o indicador chave da compostagem, a decomposição dos resíduos orgânicos liberta calor; então, através das medições de temperatura, podemos saber se o processo está a funcionar. Para que a compostagem seja bem-sucedida o pH deverá estar ente 5,5 e 8,5, não devemos deixar o pH descer abaixo dos 4.5 pois tornará a pilha ácida e, consequentemente, virão os maus cheiros. Este processo é mais demorado que o vermicompostor, mas produz mais composto de uma só vez.


Vermicompostor
E é desta forma que tratamos e damos valor àquilo que iria parar ao lixo.